quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Sobre Encontrar - Cah Morandi

... eu quero viver esse amor!


"Vontade de me apaixonar, de ser vencida por um olhar,


de ser roubada por uma mão que me pega na cintura,

de ver alguém me descobrindo com ar de surpresa,

de perder o raciocínio para o pensamento em alguém,

de não enxergar distância entre os dois lados da cidade,

de me arrumar por algum motivo a mais que o trabalho,

de ter disposição para encontrar músicas novas,

de ler uma poesia e saber que seria possível vivê-la,

de encontrar alguma graça em passar pelo domingo,

vontade de ser encontrada em uma multidão de vazios,

vontade de que fosse agora e para sempre.

Preciso te achar desesperadamente

e é tão pouco e quase próximo...

o que nos separa são os encontros."



Cáh Morandi

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

é pra valer...

Passeando pelo blog do Diego Muzitano encontrei esse texto... descreve exatamente o que eu estou sentindo hj!

Me envolvi com uma pessoa que me fez trazer "o melhor de mim pra superfície". Espero que ele agarre, conquiste e não solte mais...

"Quando eu te gosto,
eu gosto com todo o meu corpo,
eu gosto com todo o calor
eu gosto com tudo que tenho em mim.
Quando eu te gosto eu sinto um arrepio que sobe dos pés até a nuca, me fazendo dar um leve suspiro de satisfação. Quando eu te gosto eu faço tudo por você. Canto, dança, sapateio e até deixo de fazer alguma coisa que eu goste muito. Quando eu te gosto eu quero te sentir livre e, ao mesmo tempo, tão meu que eu possa descasar durante a turbulência. Quando eu te gosto é assim, fogo, paixão, atribulação. Quando eu não te gosto eu nem olho pra você. Nem lembro que você existe. Mas quando eu te gosto eu trago o melhor de mim pra superfície. Agarre. Conquiste. Não solte.



Porque quando eu te gosto é pra valer."


Passeando pelo blog da Marin Jones, (gravidíssima) que, "por sua vez, estava  visitando o blog da Laura, também barrigudinha,e se deparou com esse texto (encontrado por sua vez no blog My Baby's History) altamente apaixonante e capaz de causar uma desidratação imprevista nas mães desavisadas (como eu!). Não pude deixar de colocá-lo também aqui."




Simplesmente emocionante...

"Nós estávamos sentadas almoçando, quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em 'começar uma família'.

'Nós estamos fazendo uma pesquisa', ela diz, meio de brincadeira. 'Você acha que eu deveria ter um bebê?'. 'Vai mudar a sua vida', eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro. 'Eu sei', ela diz, 'nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas...'

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.

Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar 'E se tivesse sido o MEU filho?' Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar. Que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.


Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzí-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote. Que um grito urgente de 'Mãe!' fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.

Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.

Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald's se tornará um enorme dilema. Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro.

Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe.

Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida -- não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.

Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra.

O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.

Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.

Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro de meus filhos.

Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta. Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer. O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.

'Você jamais se arrependerá', digo finalmente.

Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados. Este presente abençoado de Deus... que é ser Mãe."


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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Fragmento

CHEGA UMA HORA QUE VOCÊ DESCOBRE: 

"Quem interessa, quem nunca interessou, quem não interessa mais... E quem ainda vai interessar. Portanto, não se preocupe com quem já fez parte do seu passado; há um motivo para não estarem no seu futuro.


(Ligia Lagos)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

"Uma nova estação" - por Marla de Queiroz

Sabe quando a gente lê algo que parece ter sido escrito pra gente??

Então... toda vez que passo pelo blog da Marla eu sinto isso...
Parece que ela sabe exatamente o que eu gostaria de escrever...
Estou postando aqui o último texto dela...
Perfeito!
Encaixou perfeitamente no momento que estou vivendo!


Deliciem-se!




"Foi tirando o vestindo sem delicadeza. Despedir-se deveria ser daquele jeito: arrancando de si até o último grão de coragem, sem dramas. Sabia que no sexo, o adeus acende os corpos para incutir na memória a beleza do inesquecível. Por isso deixaram-se reger pela fome de cheiros e jeitos e encaixes. Sugavam ávidos a intimidade que tiveram outrora, quando havia encontro. Mas aquela dança desarmonizava-se tão destituída de alma. Tudo que antes fora abundante no desejo deles, naquele instante era fugitivo. Mesmo sabendo findo, procurou ainda uma fagulha de amor nos olhos dele, examinou aquele corpo em busca de qualquer lugar que ainda não evidenciasse a desistência. Em vão. Não havia mais no toque o contato com a essência. Restava consumir a chama de um resto de afeto na consumação do ato. Naquele enroscamento sem abraço.Aquela seria de fato a última cena.

Inaugurou um novo capítulo: uma garoazinha de tristeza, uma saudade entreaberta, e o vento aborrecido. Sudoeste querendo abraçar tudo. E ela vagueando por aí sem nenhuma palavra que arranhasse o silêncio. O tempo contido nas coisas, os dias aprisionados na ansiedade já não deslizavam pelo calendário. Esperança já nem suspirava. Não havia espera de nada, apenas a companhia corriqueira: ela e a solidão_ mão com mão, rostos sem face. Já não desejava amores nem intrigas de paixão alguma: sossegou-se na solitude aceitando aos poucos o tempo alargado para se preencher com improvisos, sem horários rígidos, sem avisos. Preencheu de paz o espaço novo do coração esvaziado. 

(Dizem que a Primavera chega trocando a roupa da paisagem). E no auge da sua descrença o dia amanheceu de novo. Quando não queria mais fugir de si mesma, foi surpreendida por uma voz de timbre limpo, olhos atenciosos e mãos que diziam coisas. Era alguém que tranqüilizava quando apenas sorria. Uma pessoa que trazia em si o amparo de tudo. Tinha o dom da conveniência e da clareza e pronunciava reciprocidade.

O fato resumindo é que o amor não era mais aquele estardalhaço. O amor era suave e tinha um jeito de penetrar sem invadir, de libertar no abraço. O amor não era mais aquela insônia, mas sonho bom na entrega ao desconhecido. O amor não era mais a iminência de um conflito, mas uma confiança na vida. E, pela primeira vez, o amor não carregava resquícios de abandono, pois havia descoberto: o amor estava ali porque ambos estavam prontos(O Tempo estava certo.)"

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Marla de Queiroz




quarta-feira, 15 de setembro de 2010

E eu achava que só existia dor...
Minha alma, sábia, trabalhou em silêncio, tecendo um novo momento.
E ele chegou!



“O tempo passa. O fôlego retorna. Parece milagre, mas as sementes de cura começam a florescer nos mesmos jardins onde parecia que nenhuma outra flor brotaria. A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo. E ele chega.”

(Ana Jacomo)

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terça-feira, 7 de setembro de 2010

... e eu ainda sou capaz.

Tanto tempo passou desde a última vez...

Ninguém mais mexia comigo. Olhares trocados, beijos dados, cama... e só! Dificilmente os sentimentos permaneciam... aliás, nem havia sentimento.

Sempre fiz questão de manter a amizade. Sempre fui contra os relacionamentos descartáveis! Mal sabia eu que tratava a mim mesma como descartável.

De repente, ele apareceu...
Não apareceu do nada. Ele já fazia parte da minha vida...
Aprendi a admirá-lo como amigo, colega... nem imaginava o que a vida reservava para mim.

No início quis evitar.
"Eu, apaixonada??? Jamais! No meu coração não cabe mais esse tipo de sentimento desenfreado."

Doce ilusão... a essa altura do pensamento, eu já estava inteiramente tomada pelo cheiro, pelo toque, pelo beijo... apesar de relutante, já estava completamente apaixonada!

Aceitei o sentimento...
depois disso, meu coração amoleceu, meu sorriso reabriu, minha feição ficou mais leve...
as pessoas ao meu redor se aproximaram mais...
até mais compreensiva eu fiquei...

Fraqueza?
Não...
Leveza!

O amor tirou de mim o peso do rancor, o peso da amargura e peso da mágoa.

Tinha esquecido o poder que uma paixão tem de transformar TUDO!
Não lembrava mais o arrepio que um toque e um beijo podem causar...

Só posso agradecer ao amor... por não ter desistido de mim!

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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Momento Especial...

Eu e alguns amigos...
Arriscando um rock'n roll!!

Valeu Alison, Narcelis e Ancelmo!!
cOmPiLaTiOn

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sábado, 3 de abril de 2010

Um pouco de Florbela Espanca...

Faz um tempão que não posto nada aqui...
Ando numa fase "pra dentro", como diria Clarissa Corrêa.
Não quero expôr as coisas que sinto pra não escandalizar ninguém.
Às vezes os nossos pensamentos podem ser tão cruéis, que é melhor que ninguém saiba.
Enquanto luto comigo mesma e com meus ideais, compartilho com vocês um pouco de uma das mais incríveis escritoras que já tive o prazer de ler: Florbela Espanca:

"Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar..."

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!"

"Sou talvez a visão que alguém sonhou
Alguém que veio ao mundo prá me ver
E que nunca na vida me encontrou"
 
"Eu não sou boa nem quero sê-lo, contento-me em desprezar quase todos, odiar alguns, estimar raros e amar um."
 
"Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura."
 
"Estou cansada, cada vez mais incompreendida e insatisfeita comigo, com a vida e com os outros. Diz-me, porque não nasci igual aos outros, sem dúvidas, sem desejos de impossível? E é isso que me traz sempre desvairada, incompatível com a vida que toda a gente vive."
 
 
 
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