quinta-feira, 15 de maio de 2008

Morrida... Sumida...

às vezes a gente precisa de um tempinho....
uma morte cotidiana!

Este é um trecho de um poema da Elisa Lucinda, que tem tudo a ver com o meu "sumiço", com a minha "morte cotidiana"...


NO ELEVADOR DO FILHO DE DEUS
*Elisa Lucinda*

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
Que eu já tô ficando craque em ressurreição.
Bobeou eu tô morrendo
Na minha extrema pulsão
Na minha extrema-unção
Na minha extrema menção de acordar viva todo dia

(...)

Morte cotidiana é boa porque além de ser uma pausa, não tem aquela ansiedade para entrar em cena; é uma espécie de venda, uma espécie de encomenda que a gente faz pra depois ter um produto com maior resistência, onde a gente se recolhe (e quem não assume nega) e fica feito a justiça: cega!
Depois acorda bela, corta os cabelos muda a maquiagem, reinventa modelos, reencontra os amigos que fazem a velha e merecida pergunta ao teu eu:
"Onde cê tava? Tava sumida, morreu?"
E a gente com aquela cara de fantasma moderno, de expersona falida:
- Não, tava só deprimida.

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