quinta-feira, 13 de setembro de 2007

As Duas Dores do Amor

Gosto muito de uma escritora gaúcha chamada Martha Madeiros.
Eu consigo me identificar em cada palavra que ela escreve!
Um dia desses eu li uma de suas crônicas que falava sobre as duas dores que sentimos quando perdemos um amor.
A primeira delas é a dor física... da fata de beijos... de tornar-se desimportante para o ser amado.
A outra é uma dor estranha...
Aquela pessoa já nem é mais indispensável na minha vida...
Ele também já tornou-se desimportante para mim... mas o que fazer com o sentimento???
Fiquei tão apegada (ou acostumada???) a esse sentimento que me dói não amar mais...
É dolorido escutar uma música e não conseguir pensar em ninguém...
não esperar que alguém me ligue...
não querer ligar pra ninguém...

é estranho...

"ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou (...).
É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’ propriamente dita.
É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente… E só então a gente poderá amar, de novo."



Enquanto curto a segunda dor... vou percebendo quantas coisas eu ganhei e quantas coisas eu perdi durante os anos em que estive "anestesiada"...

Estou aprendendo a viver novamente...

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